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Quebrando o perfeccionismo com Arteterapia: o poder de ser suficiente

  • Foto do escritor: Ana Paula Batista
    Ana Paula Batista
  • 10 de nov.
  • 3 min de leitura
uma mulher apertando uma bisnaga de tinta sobre uma tela

“Sou muito perfeccionista”, eu falava com a boca cheia de orgulho, me achando o máximo. Hoje digo que sou uma “perfeccionista em recuperação”. Se você se identifica com alguma dessas falas, pega um café e fica aqui comigo, que esse texto pode ser pra você.


O que é o perfeccionismo e quando ele pode se tornar um problema


Eu me orgulhava ao me denominar perfeccionista, pois via essa minha característica como a representação de uma pessoa cuidadosa, que gosta de se dedicar para fazer tudo bem feito. Com o tempo fui não só aprendendo que perfeccionismo não é o mesmo que zelo ou cuidado, mas também entrando em contato com uma face adoecedora dessa característica de personalidade. Existe uma diferença enorme entre a busca saudável por excelência e o esforço desadaptativo pela perfeição.

O perfeccionismo é observado no empenho em alcançar padrões de desempenho muito elevados, exagerados e inflexíveis, o que pode gerar uma cobrança excessiva com relação a si ou a outras pessoas. Não é difícil de imaginar os problemas que o perfeccionismo pode trazer. Quanto maior a rigidez dos padrões, maior a chance de causar sofrimento e problemas de saúde mental.

Essa busca desproporcional e irrealista pela perfeição pode estar intimamente ligada a transtornos psicológicos como a ansiedade, depressão, Burnout, transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos alimentares. É muito comum a presença de pensamentos distorcidos, mostrando rigidez cognitiva.

Além disso, é comum que pessoas perfeccionistas sejam altamente procrastinadoras. O medo de não atingir o padrão leva ao adiamento das tarefas e até mesmo à paralisia. Se apóiam na crença de que se não é possível fazer perfeito, é melhor não fazer. Quantos projetos maravilhosos deixam de existir por isso? Quantos sonhos são abandonados?

Por nunca alcançarem resultados que julguem bons o suficiente, os perfeccionistas tendem a ter um nível exagerado de autocrítica, com foco sempre nos erros e nas falhas, o que pode desenvolver baixa autoestima. 

Esse contexto impacta também na qualidade dos relacionamentos, tendo em vista que a exigência severa pode se estender a outras pessoas, levando à inflexibilidade nas relações interpessoais, na dificuldade de trabalhar em equipe, entre outras situações que causem conflitos e isolamento.

Esses impactos podem parecer inicialmente sutis, mas vão crescendo, a tensão vai aumentando e causando muito sofrimento e danos ao bem-estar e à qualidade de vida. Por mais sentido que faça o "feito é melhor que perfeito", sair sozinhos desse ciclo de comportamentos rígidos não é tão simples assim e, nesse caso, pode ser necessário procurar ajuda.


Arteterapia como caminho possível


Por oferecer um espaço seguro de acolhimento e expressão, a Arteterapia pode ser bastante eficaz na quebra da rigidez e no desenvolvimento da flexibilidade, trazendo um novo modo de pensar, de sentir e de agir, mais compassivo e tolerante a erros.

O fazer artístico proporciona a experimentação do erro de uma forma proveitosa, sem graves consequências, promovendo o foco no processo e a oportunidade de ressignificação das falhas. Na Arteterapia, a ênfase está no fazer e na expressão, e não na capacidade técnica ou no resultado. Assim, não há certo ou errado.

Com a condução de uma arteterapeuta, a pessoa experimenta aos poucos linguagens e materiais artísticos que proporcionam o contato com a falta de controle e com a aceitação do imprevisível. Dessa forma, o processo arteterapêutico auxilia no fortalecimento da autoestima, na redução da ansiedade e procrastinação e no desenvolvimento da resiliência e aceitação da imperfeição como parte natural da vida.

Quebrando o perfeccionismo com arteterapia, a vida fica mais leve, criativa e produtiva, os relacionamentos se tornam mais saudáveis e menos conflituosos, aumentando o bem-estar e a qualidade de vida. Aumentam também as chances de sonhos aprisionados se libertarem e ganharem vida. 


Exercício para quebrar o perfeccionismo


Coloque uma playlist que você ama. Em uma tela ou papel (pode ser um tamanho grande, como um A3), espalhe tintas (guache ou acrílica), nas cores desejadas e pinte com as mãos. Durante o processo, veja como as cores se misturam, sinta a textura da tinta e como ela desliza na superfície.

A partir dessa primeira "mancha", você pode inserir outros elementos, inclusive com outros materiais. Assim, o que inicialmente podia parecer um "erro" pode ganhar novas camadas e novos sentidos.

Respire e aproveite a jornada!


mulher pintando em uma tela com as mãos

duas mãos segurando uma tela com uma pintura

Se você sentiu que a Arteterapia pode te ajudar, podemos marcar uma conversa pra gente se conhecer e eu poder te explicar como funciona o acompanhamento individual.

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